Alguns amores, sem argumentos plausíveis, foram feitos para dar certo. Dizem que quando é para ser, o universo conspira a
favor e até os ventos contrários, são capazes de perder as forças diante de um
sentimento verdadeiro. Pensando nesse ponto, será que realmente existe um lado
contrário do vento? Se a resposta for sim, então, qual é o lado certo? E o lado
errado? O que nos leva a pensar que os nossos desejos e vontades são bons, a ponto do universo conspirar a favor da realização? Parece que alimentamos uma
ilusão de que vamos receber respostas do acaso, se isso tiver que acontecer.
Mas francamente, sabemos que não é bem assim. Assim como qualquer tipo de
planejamento, o relacionamento em si também precisa de muito cuidado e dedicação, até chegar a
uma construção sólida e estável. O que eu quero dizer, é que quando as
estruturas dentro de nós estão inabaláveis, nenhum vento contrário ou
tempestade é capaz de nos destruir. Devido a esses contratempos que enfrentamos
na vida, é que eu admiro cada vez mais os casais que sobrevivem as provocações,
obstáculos, dias cinzentos, julgamentos alheios, dificuldades da rotina e mais
um milhão de coisas, que fazem parte de um relacionamento sério. Reconheço que
eternizar e compartilhar os dias com outra pessoa, é muito difícil, afinal, sempre
vão existir brigas sem motivos, palavras desnecessárias em uma crise de ciúmes,
mau humor, choro e uma impaciência sem tamanho. Esses detalhes se tornam pequenos,
quando comparado ao valor de olhar para o lado e ter uma pessoa, pronta para o que
for necessário. No amor maduro, os envolvidos aprendem a ceder, aprendem a
aceitar o outro como ele realmente é, aprende a lidar com os defeitos, com as
diferenças e aprende também, que a tolerância e a compreensão são as bases primordiais que fortalecem uma relação. Com tantos aprendizados, compreendem juntos, que amar e ser amado
é uma dádiva que poucos conseguem. E através dessa constatação, se valorizam ao
máximo para eternizar uma vida juntos, e descobrem por fim, que o amor não
acaba. O amor reascende em cada amanhecer que caminham de mãos dadas: um pelo outro, fazendo a história acontecer.
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