Deixo assim ficar, subentendido.

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          Eu gosto tanto de você, que nem ao menos sei, nomear esse sentimento. Por mais que tente me controlar, as emoções mais fortes sempre tomam conta de mim. No fundo desse turbilhão de sentimentos, eu sempre quis assumir que eu morro de medo. E esse medo, me impede de compreender se tudo isso é amor, paixão, atração, fogo de palha, ou sei lá mais o que. Tentei por muitas vezes desvendar esse mistério que me assombra dia após dia, mas cheguei a conclusão, de que pouco importa a denominação do que sinto por você. Talvez, o tempo me responda, só que não agora. Então, acho melhor irmos com calma, quer dizer, é melhor eu ir com calma. Tenho um dom incrível, de confundir as coisas, de complicar o que é simples e de estragar o que eu poderia descrever como perfeito. Com tanta precipitação quando se trata de você, sempre colocando a emoção na frente da razão, posso afirmar que ainda é muito cedo. Ainda é muito cedo, até mesmo para ter certeza de alguma coisa. O que eu aprendi desde cedo, é que nem sempre, a vida é justa. Mas, também aprendi, que é sempre possível seguir em frente, não importa o quanto pareça impossível. Sendo assim, quero um dia poder te dizer, que tudo isso finalmente passou. Que a tempestade interna que me balançava, apaziguou. Que a poeira de dúvidas na minha cabeça, abaixou. Que os meus sentimentos foram reorganizados, todos em seus devidos lugares. Quero poder te contar, que as lágrimas não caem mais e que o meu sorriso, ele voltou a brilhar. E dessa vez, sem mistérios ou segredos. Dizer que a minha dor acabou, que não existe mais sofrimento aqui dentro, ou qualquer coisa do tipo. Voltando a realidade, hoje eu não posso afirmar que superei, mas posso dizer com toda certeza, que eu aprendi a conviver com a sua falta. Daqui um tempo, um dia, dois meses, três anos, ou sei lá quando, o acaso vai nos marcar um encontro. Talvez, todo esse sentimento volte. Talvez, eu te peça um abraço apertado, como nos velhos e bons tempos. E se houver um descuido, talvez, a minha boca poderá novamente, encontrar com a sua. Mas, vai ser apenas isso, como uma vontade repentina. Também quero poder te dizer, que tudo passou. E que nada mais vai ser comparado, com aquele martírio que eu vivi quando meus olhos cruzaram com os seus. Acabou, e de repente, escutei sua voz na multidão. E quase no mesmo instante, te procurei ao meu redor. Não te encontrei, mas me dei conta, que eu estava sorrindo. Mais uma vez, por você.

Mulheres.

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          Ser mulher é um privilégio e carregar essa responsabilidade, não é para qualquer uma. É preciso ter coragem. Mulheres às vezes, sabem o que querem. E quando estão confusas, o que acontece na maior parte do tempo e dos casos, sempre ressurgem do fundo do poço, com um plano de vida muito melhor que o primeiro que idolatravam tanto. Temos todas um mundo imaginário, criado apenas pelas nossas cabeças e nossos teimosos corações, que insistem em nos fazer acreditar apenas no que queremos, criando uma falsa perspectiva dos reais fatos que estão acontecendo ao nosso redor. Acho que sem querer, cheguei em uma das características que pode definir as mulheres, a teimosia. Somos teimosas demais, não apenas porque queremos ter razão de tudo, ou por nunca conseguirmos controlar as emoções. Somos teimosas, por não sabermos esperar a hora certa das coisas, por querermos que tudo aconteça enquanto estivermos tentando controlar os relógios, acreditando saber a hora certa de tudo. E para o nosso grande azar, o tempo passa muito devagar, ao contrário da nossa pressa de viver e de conquistar o mundo. Esperar é uma virtude que poucas possuem, paciência então, nem se fala. Temos um foco de onde queremos chegar, e mesmo com toda insistência e determinação, ainda sabemos a hora exata de desistir e partir para a outra. Calma, o que é para ser nosso, já está no seu lugar. Não vai ser a inveja da melhor amiga ou o olho gordo da vizinha, que vai desfazer o que o destino nos guardou desde que nascemos. Mulheres são choronas, desde o berçário até o último dia de suas vidas. Todas essas lágrimas, são resultados de uma sensibilidade incrível diante de qualquer estabilização sentimental. Somos todas assim, essa mistura de razão e emoção, doce e amargo, risadas e lágrimas. Mulheres são diferentes, fisicamente e psicologicamente. Mas, o que torna as mulheres todas iguais, é a capacidade que todas possuem, de nascerem inteiras. Mulheres encantam, não somente aos homens. Delicadeza, sutileza e aquele sexto sentido aguçado, para sabermos quando as coisas não está bem, possuímos esse dom. Estou falando de mulheres, não de meninas. Não existem meias verdades, meias vontades ou meios planos. Nascer e viver pela metade, é uma ilusão. E uma coisa é certa, independente do caminho que cada uma de nós escolha seguir e enfrentar, sendo ele um caminho fácil ou difícil, não paramos por nada. Todas nós tiramos nossas meias, e colocamos sempre os pés no chão. Venha o que vier, seguiremos os nossos instintos femininos e vez ou outra, nos arrependeremos por seguir nossos corações. E não importam quantas decepções superarmos, quantas barreiras teremos que quebrar ou sobre tudo isso, quantos pedaços restaram dos nossos corações. Ainda seguiremos com o nosso melhor, olhando esperançosamente para frente, mesmo que isso custe muitos dos nossos sorrisos. 

Talvez, seja a última vez.

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          Se você soubesse que aquela seria a última vez, talvez, tivesse feito tudo igual. No fundo, sabemos que nenhum dos nossos momentos, são eternos. E com essa consciência fria e calculista, acabamos sofrendo por antecipação. Por muitas vezes, aguardamos ansiosamente por algum deles, e só de piscarmos os olhos, tudo já passou e se tornou parte da nossa memória de saudade. Quem nunca cruzou e apertou as próprias mãos, para tentar amenizar a dor de uma saudade? É como tentar transferir todas essas lembranças em força, tentando superar cada uma delas de forma menos dolorida. Pensando assim, é mais fácil darmos um soco na parede, depois curarmos os machucados que uma hora param de sangrar e doer. Do que sentirmos o coração apertar, sem ter o que fazer, apenas esperar que tudo isso passe. Deixando claro, que estou falando em superar, não de esquecer. Se você soubesse que aquela seria a última vez, talvez, teria feito tudo diferente. Por culpa de uma palavra chamada "acomodação", acabamos deixando de fazer muitas coisas nas quais, acabariam modificando completamente os resultados finais. Acreditamos que tudo está bom do jeito que é, acabamos vivendo na mesmice dos momentos repetitivos. Talvez, se mudássemos algum detalhe, ou quem sabe, não tivéssemos tanto medo de arriscar um pouco além das nossas zonas de conforto, tudo poderia ser ainda melhor. Se você soubesse que aquela seria a última vez, talvez, não teria se guardado tanto. Por medo da entrega absoluta de sentimentos, nos privamos das emoções. E são as emoções, que nos fazem descobrir o nosso melhor. Se você soubesse que aquela seria a última vez, talvez, pudéssemos mudar os nossos destinos. Os beijos poderiam ser mais demorados, os abraços mais fortes, sem pressa de voltarmos cedo para casa. Se você soubesse que aquela seria a última vez, talvez, tivesse ficado mais tempo e aproveitado ainda mais intensamente, sem se lembrar que seria uma despedida. Se você soubesse que aquela seria a última vez, talvez, transformaria aquele momento em apenas mais uma vez. Se você soubesse que aquela seria a última vez, talvez, tivesse demonstrado que nunca desejou ter uma última vez comigo. Se você soubesse que aquela seria a última vez, talvez, eu não teria escrito esse texto. 

Lembrar de você.

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          Lembrar de você, como se fosse fácil ter te esquecido. Lembrar de você, é perceber o quanto estamos longe. É como se todos os momentos vivenciados até ontem, hoje se tornassem, nada mais que memórias que só me atormentam, quando eu quero e permito. Consegui estabelecer um controle, esse controle de te tornar presente, só quando eu quiser me lembrar de você. E para ser sincera, eu só quero me lembrar de você, quando não tenho nada melhor para fazer. É estranho dizer isso, porque até ontem, você era o melhor que eu poderia querer fazer. Constatei, que estou te colocando em segundo, ou quem sabe, terceiro ou quarto plano. Ou melhor, não faz mais nenhum sentido lembrar de você e acabaram todos os planos. Não era você quem me dizia que é sempre importante ter um lado meio egoísta? Aprendi com você a me amar em primeiro lugar, e para o seu azar, acabei gostando dessa sensação de não precisar mais de você. Não vou dizer que perdi meu tempo pensando em você, nesse período da minha vida. É como eu disse, de alguma forma ou outra, eu mesma criei uma ilusão de falsas perspectivas na minha cabeça. Não, isso não foi sua culpa. Acredito que o amor e a paixão foram tomando conta de mim, e sem perceber, eu já estava louca por você. É como se o que eu sentisse por você, quase entupisse minhas veias. Tornando intensa a pulsação do meu coração, o resultado seria instantaneamente, demonstrar tudo o que eu sentia, sem se quer lembrar que existia esse tal de amor próprio. Assim como um cronograma involuntário, era tudo muito real, como ter você em mim em tudo o que eu enxergava, escutava e sentia. Lembrar de você agora, é apenas sentir meu sangue correr nas minhas veias com uma pulsação, relativamente, normal. Lembrar de você é me sentir bem, com tudo o que adquiri de experiências sentimentais e emocionais. Lembrar de você, é te sentir navegando lentamente nas minhas vagas lembranças que estão se enchendo de poeira, por não serem mais lembradas. Lembrar de você, é carinhosamente, te assoprar como se fosse uma flor dente de leão, e sem esforço algum, te enxergar cada vez mais distante do meu olhar e da minha frequência cardíaca. Lembrar de você, requer algum esforço. Então, lembrar de você, é cair na real, que eu já te esqueci. Lembrar de mim, e finalmente, não te encontrar mais nas minhas lembranças.